17 de agosto de 2010

As narrativas d’O Cineasta da Selva e a historiografia sobre Silvino Santos


No processo de construção de sentidos em filmes com temáticas históricas os realizadores empreendem o que podemos chamar de uma operação historiográfica tendo em vista que selecionam, fragmentam, relacionam idéias sobre o passado e, ao final, propõem pontos de vista sobre este passado. Para Robert Rosenstone, um documentarista realiza uma tarefa semelhante ao historiador: “...como o historiador cuja tarefa é descobrir maneiras de transformar tais vestígios em discurso histórico, os documentaristas devem fazer a mesma coisa” (ROSENSTONE, 2010, p.111). No entanto, o autor afirma que o resultado desse trabalho de construção dos sentidos históricos nos filmes tem preocupado muito pouco os estudiosos do tema. As reflexões e análises contidas no artigo "As narrativas d’O Cineasta da Selva e a historiografia sobre Silvino Santos" fazem parte de um trabalho mais amplo que discute as relações entre cinema e história no âmbito do processo da pesquisa histórica para roteirização de filmes com temáticas históricas, e, de certa maneira, estão situadas nessa zona lacunar a qual se refere Rosenstone.
Na análise do filme/ficção/documentário O Cineasta da Selva (Aurélio Michiles, 1997), foi possível observar, a partir dos procedimentos de pesquisa histórica, como foram incorporados ao filme os diversos discursos presentes na historiografia sobre o personagem Silvino Santos, um cineasta pioneiro que viveu na Amazônia no início do século XX.

FONSECA, Vitória A. As narrativas d’O Cineasta da Selva e a historiografia sobre Silvino Santos  Revista História, imagem e narrativas, n.11, out/2010 

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